Gerson N. L. Schulz
Alusão a Sócrates na hora de sua morte. |
Sócrates foi
um filósofo grego que viveu por volta de (469 – 399 a.C). Seu lema era: "Conhece-te
a ti mesmo". Ele partia da premissa de que nada sabia. Por isso incitava os
jovens ao questionamento do óbvio: tinha a coragem de questionar em praça
pública conceitos cotidianos como: "o que é a felicidade?" "O
que é a coragem?". Muitos, arrogantemente, tentavam responder com
exemplos: "coragem é enfrentar o inimigo de peito aberto em batalha!"
Sócrates retrucava: "isso não é loucura, suicídio?" Outro dizia: "a
felicidade é ter muito dinheiro!" Sócrates ironizava: "não há ricos
que se suicidam?" E todos se calavam, pois nenhum dos interlocutores conseguia
definir, claramente, esses e outros conceitos considerados inquestionáveis como a
bondade, a justiça, o belo. Destarte, as aulas de Sócrates a seus discípulos trouxeram-lhe
a fama, ainda mais porque ele nada cobrava de seus alunos, diferentemente dos
filósofos sofistas (profissionais na arte da retórica) que cobravam altos
preços por suas aulas. Sócrates, inevitavelmente, questionou as grandes verdades
da sociedade grega: a política dos poderosos, a justiça dos tribunais, a venda
do conhecimento praticada pelos sofistas (a quem detestava) e a religião
pública controlada pelos sacerdotes. Suas perguntas ácidas e sua ironia para com
os inimigos incomodaram a classe abastada de Atenas, a quem interessava manter o
status quo na política e na religião, pois esses eram seus baldrames no palco
do poder, por isso houve uma confabulação para levar Sócrates ao tribunal e
condená-lo sob a acusação pífia de perverter a juventude e subverter a ordem
estabelecida. Na prática, o que Sócrates fazia era incitar os jovens a pensar,
apenas.
Enfim, por isso, ele foi obrigado a beber o venenoso sumo da cicuta aos setenta anos de idade.
Enfim, por isso, ele foi obrigado a beber o venenoso sumo da cicuta aos setenta anos de idade.
REFERÊNCIAS
PLATÃO. República. Lisboa: Gulbenkian, 1993.
REALE,
Giovanni ; ANTISERI, Dario. História da filosofia: antiguidade e idade média.
6. ed. São Paulo: Paulus, 1990.
Muito lindo! Ajudou pra caramba. Ana Beatriz - Maceió.
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